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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Por que pesquiso? - 2

Minhas perguntas algo confusas sobre as motivações pessoais a se fazer ciência levantaram algumas respostas muito interessantes nos comentários. Subo-as aqui.

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Fernando 'Joey Salgado' Bartoloni, do Joey Salgado, mas bem temperado
"Bom, mesmo tendo em vista que seu texto aborda a questão de forma retórica, não posso deixar de compartilhar minha motivação para entrar na pós-graduação: sinto-me bem fazendo pesquisa.

E na verdade, acho que me sentiria bem fazendo pesquisa em diversas áreas diferentes, até mesmo fora da Química, como também acho que trabalharia numa boa fora da Academia. Acredito que o único pré-requisito para me interessar por uma função seria a necessidade de pensar. Se tem que pensar, deve ser legal, seja como cientista ou piloto de testes de palavras-cruzadas.

Pensando bem, o fato de eu ter parado na pós-graduação tem muito a ver com uma vontade incrível de fazer alguma coisa que poucas pessoas consigam entender. Nem mesmo eu.

Acho que é isso...

Abraço!"

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Juliana Galaschi, do A Vergonha das Princesas
"'...pesquisar as diferenças de padrões de sons de moscas é uma grande questão?'

Bom, sou suspeita para responder a esse tipo de pergunta. É como pensar se elaborar uma hipótese evolutiva sobre um gênero de cigarrinhas é uma grande questão.

É um pedaço de quebra-cabeças. Perceber que resolver partes do quebra-cabeça colaboram para resolver (ou ao menos ter a intenção de resolver)a grande questão é o que torna a pesquisa tão gratificante.

Pensar em como escolhi a biologia, e especificamente a área acadêmica é um tanto curioso. Talvez porque tenha decidido na infância, meus motivos eram (e ainda são) pueris: eu queria saber como a vida funciona. Claro que o fato de ter sido criada em uma família de professores influenciou muito.

Enfim, acredito que tenha acabado parando na pesquisa por um egoísmo saudável, por essa satisfação pessoal de saciar a curiosidade de 'como a vida funciona'. Tô quase ficando louca, mas não me imagino fazendo outra coisa."
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Carlos Hotta, do Brotossauros em Meu Jardim, também escreveu um texto a respeito de sua paixão (vício) pela pesquisa científica.

Mais alguém gostaria de trazer suas reflexões para compartilhar?

Um comentário:

Mônica Lobo disse...

Concordo com os dois comentários. Qualquer coisa que tenha que pensar, algo que ninguém entenda e "entender como as coisas funcionam" costumam ser motivações comuns a pessoas como nós. Somos loucos, logo pesquisamos. E somo felizes, claro. Seja lá o que isso signifique. rs

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