Ciclídeo Cyphotilapia frontosa com filhotes na boca. Fonte: Wikimedia Commons. |
Alguns grupos apresentam incubação materna, outros paternas ou mesmo biparental (cada uma dos pais cuida de uma porção dos ovos). No caso da tilápia da Galiléia, na mesma população há uma variação entre uniparental materna, paterna e biparental.
Esse comportamento é explorado por alguns predadores que praticam a pedofagia - alimentação de ovos ou jovens em estágios iniciais do desenvolvimento. Ciclídeos pedofágicos do lago Vitória atacam as mães de outras espécies (em ciclídeos geralmente a incubação é uniparental materna) até que ela libere alguns dos ovos ou filhotes. Outra estratégia é engolfar a boca da mãe e sugar os ovos/filhotes da cavidade oral.
Há também parasitas que depositam os próprios ovos na boca do hospedeiro que realiza a incubação oral. O peixe-gato mochokídeo Synodontis multipunctatus parasita ciclídeos do lago Tanganika. Os ovos do parasita eclodem antes e o alevino se alimenta de ovos e filhotes do hospedeiro. Por isso, o S. multipunctatus é também conhecido como bagre-cuco.
Apesar desses infortúnios, em geral, considera-se que a incubação oral seja vantajosa ao prover um "porto seguro" aos ovos e filhotes pequenos. Por essa hipótese, seria esperado que houvesse correlação entre cuidados parentais e tamanho dos ovos, porém, para peixes Betta isso não foi confirmado - embora haja uma correlação entre incubação oral e tamanho dos filhotes.
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