Em geral gosto dos textos do jornalista Herton Escobar. Oquei, às vezes ele dá um certo exagero nas simplificações - mas quem nunca não erra a mão?
Na reportagem de ontem (dia 11), ele abriu com um clichê velho: "Se fulano estivesse vivo completaria hoje...". Além de clichê, é um tanto absurdo: "Se Charles Darwin estivesse vivo para comemorar seu aniversário de 200 anos, hoje, é provável que haveria protestos diante de sua casa". Tirante O Homem Bicentenário do conto de Azimov (e isso porque ele era um robô), as pessoas mais longevas vão pela casa dos 120 - alguns falam em 130 anos - (em geral são as mulheres que vivem mais).
Marcelo Leite foi um pouco mais irônico: "Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse pela seleção natural. Ela, afinal, é a maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento que leva os organismos complexos inexoravelmente à morte - conceito que não se aplica muito a bactérias e arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando clones de si próprios, partilham identidades com a transferência horizontal de genes e podem ficar milênios em vida suspensa (no gelo, por exemplo)."
Bem, não posso deixar de recorrer à velha piada: P - o que Darwin estaria fazendo se estivesse vivo hoje? R - arranhando a tampa de seu caixão.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
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