Participantes do 1o Euclipo: 11 e 12 de dezembro de 2008. Fonte: Charles Morphy. |
Participantes do 2o Euclipo: 25 a 27 de setembro de 2009. Crédito: Thiago Camelo?/Ciência Hoje. |
O terceiro Euclipo nunca chegou a ser realizado. Talvez uma grande crise tenha ocorrido nessa época: seja com a migração para novas mídias, seja apenas pelos pioneiros estarem abandonando a empreitada.
Em 2016, uma reunião em Campinas, entre 23 e 24 de janeiro, marcava ao mesmo tempo o início e a consolidação de uma rede de vlogueiros de ciência: o selo ScienceVlogs Brasil e o canal BláBláLogia. Muitos já tinham seus próprios canais no YouTube, alguns ainda blogavam.
Participantes da reunião de lançamento do ScienceVlogs Brasil e criação do BláBláLogia: 23 e 24 de janeiro de 2016. Crédito: CR Dias. |
Agora em 19 de maio de 2018, foi realizado o Conhecer: 1o Encontro Nacional de Divulgação Científica, em São Paulo. Ele marca a presença de uma grande diversidade de iniciativas de divulgação científica - a maioria online (e presença massiva de vlogs e de podcasts), mas algumas offlines.
Conhecer foi fantástico!!! É muito crush em uma foto só!!!!— Vivi num sei o q num sei q lá (@vivi_bitdeprosa) 20 de maio de 2018
Participantes do Conhecer, 19 de maio de 2018. Fonte: Vivi/Bit de Prosa.
A despeito do hiato de eventos, talvez em função de uma crise na blogosfera filomática, entre 2009 e 2016, dá pra se notar um aumento do número de participantes, possivelmente refletindo o aumento da comunidade de divulgação científica nas novas mídias no Brasil - a exploração de mídias tem se diversificado também (texto, fotos, áudio, vídeos...) à medida que os custos vão se reduzindo. Ainda é um clube do bolinha, mas a presença feminina tem sido maior e mais ativa. No entanto, a presença de negros e indígenas ainda é muito baixa.
Pioneiros como o Carlos Hotta, Atila Iamarino, Luiz Bento, Ísis Nóbile Diniz, Rafael Bento, Reinaldo José Lopes, Osame Kinouchi, Luís Brudna e outros ainda estão na ativa: vários migrando de mídia.
Avanços têm sido feitos, mas alguns desafios permanecem: como alcançar o público não "iniciado". No 2o Euclipo falava-se em monetização, no Conhecer falaram em profissionalização. O financiamento dos projetos e remuneração dos divulgadores também são outros desafios que permanecem.
Seria o caso de discutir também uma institucionalização com a formação de uma associação formal?
Upideite(24.mai.2018): Veja também:
Noêmia Lopes/Agência Fapesp (23.mai.2018): Divulgadores de ciência fortalecem redes e diversificam atuação.