Mas a camuflagem não se restringe à fase móvel. Os ovos também apresentam adaptações que emulam partes de plantas - no caso, sementes.
Figura 1. Semente de mamona (Ricinus communis) com elaiossomo em forma de carúncula. Fonte: Wikimedia Commons. |
Figura 2. Ovos de fastamatódeos. Fonte: Wikimedia Commons. |
Figura 3. Estrutura do ovo de Haaniella erringtoniae, espécie malaia. Fonte: Wikimedia Commons. |
Ovos de fasmatódeos (Fig. 2, 3) apresentam uma estrutura similar, denominado capitulo, que também é rico em óleos. Pelo menos para algumas espécies, os ovos costumam ser carregados pelas formigas. Mas os detalhes da relação entre os fasmatódeos e as formigas ainda não estão completamente esclarecidos.
Figura 4. Fêmea de bicho-pau golias, espécie australiana: Eurycnema goliath. Fonte: Wikimedia Commons. |
O grupo analisou também a composição dos óleos presentes nos capítulos dos ovos e constatou que é muito similar aos óleos nos elaiossomos das sementes mirmecocóricas, com predominância de ácido oleico, palmítico, linoleico, esteárico e γ-linoleico.
Não se sabe ainda o destino dos ovos carregados pelas formigas - se permanecem nos formigueiros e lá eclodem ou se são removidos ou mesmo se consumidos pelas formigas (embora, neste caso, a taxa não deve ser muito alta, do contrário, a característica tenderia ser eliminada evolutivamente). Há ainda o rsico de ser predado por aves granívoras - e não parece haver resistência dos ovos à passagem pelo trato digestório (Shelomi 2012).
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