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Zorn, TE et al. 2012. Influence in science dialogue: Individual attitude changes as a result of dialogue between laypersons and scientists. PUS 21(7): 848-864. doi: 10.1177/0963662510386292.
Metodologia
Público não-especialista neo-zelandês foi formado por produtores rurais, pessoas de negócios, mães de crianças em idade pré-escola, estudantes de cursos superiores de artes e ciências sociais e maoris recrutados por pesquisadores, assistentes de pesquisas, empresas comerciais de pesquisa - entre contatos pessoais e listas publicamente disponíveis - por meio do método bola de neve (em que os participantes indicam outros participantes)
14 cientistas participarem de até 3 grupos de diálogo: cada grupo contava com 2 a 3 cientistas.
4 formas de diálogos foram usadas: pequenos grupos, 'diálogo cidadão', fórum público e grupos de discussão online. Participantes dos três primeiros tipos de grupo receberam folhetos informativos e recortes de notícias de jornais sobre o tema para se inteirarem a respeito da biotecnologia em humanos (HBT - human biotechnology).
Para cada grupo, facilitadores prepararam os cientistas e os não-especialistas a respeito dos princípios e regras do diálogo: o modelo usado foi o de diálogo de Bohm (um diálogo livre, em que os participantes têm como objetivo a compreensão mútua de modo respeitoso e sem julgamentos).
Pequenos grupos: 4 grupos formados por cientistas (2 cada) e não-especialistas (pelo menos um de cada grupo, exceto produtores rurais - pela distância geográfica), com 4 a 15 não-cientistas por grupo. Total de 39 não-especialistas.
Grupos online: 5 grupos (1 para cada grupo alvo) com cientistas (5 participando em todos os grupos) e não-especialistas (5 a 9 de um dos grupos alvo). 42 participantes no total. Formulário online usado para avaliação.
'Diálogo cidadão': 12 cidadãos ouviram a apresentação de 4 cientistas (10 minutos cada): em que cada cientista se apresentava brevemente e expunha seu ponto de vista em relação ao tema. Após cada apresentação os cidadãos poderiam perguntar para os cientistas. Em seguida, os cientistas e os não-especialistas eram levados a salas separadas para discutir entre si e avaliar o diálogo. Depois eram novamente reunidos para trocarem suas impressões.
Fórum público: convites foram enviados para organizações científicas, escolas secundárias, departamentos de universidade, organizações jornalísticas, conselhos municipais e regionais, que poderiam se interessar pelo tema HBT. 3 cientistas e 25 não-especialistas participaram do fórum. Os cientistas fizeram uma breve apresentação (5 minutos cada) no início do evento. O protocolo seguiu o modelo dos pequenos grupos.
117 participantes não-especialistas, 86 respostas (39 pequenos grupos, 11 diálogo cidadão, 16 online e 20 fórum público). 14 cientistas, 13 respostas (no caso de cientistas que participaram de mais de um evento, apenas o formulário do primeiro evento foi considerado).
Medidas
1. Atitudes em relação aos cientistas de HBT;
2. Empatia em relação aos cientistas de HBT e à ciência de HBT;
3. Atitudes em relação à HBT: favorabilidade em relação à HBT + preocupação em relação à HBT;
4. Autoeficácia para o diálogo (conforto, confiança e motivação para se envolver em discussões públicas sobre HBT).
Resultados
*pré-diálogo
favorabilidade à HBT: cientistas (M=5,67; SD=0,75); não-cientistas (M=4,26; SD=1,14), t(89)=4.59, p<0 cientistas="" favor="" mais="" p="" unicaudal="" veis="">preocupação com HBT: cientistas (M=5,40; SD=1.00); não-cientistas (M=6.47; SD=0,67), t(16,55) = 3,95, p <0 cientistas="" menos="" p="" preocupados="" unicaudal="">
*hipótese 1: atitudes em relação aos ciensitas de HBT e empatia em relação aos ciensitas de HBT devem aumentar com o diálogo
atitudes: pré-diálogo (M=3,98; SD=0,98), pós-diálogo (M=4,33; SD=0,96), t(73)=-4,86, p<0 cohen="0,36</p" d="" de="" unicaudal="">empatia: pré (M=4,90; SD=1,06), pós (M=5,10; SD=1,02), t(72) = -2,13; p <0 cohen="0,19</p" d="" de="" unicaudal="">
*hipótese 2: atitudes em relação à HBT de cientistas e não-especialistas devem convergir
.não-especialistas:
favorabilidade: pré (M=4,26; SD=1,14), pós (M=4,58; SD=1,20), t(75) = -3,46, p<0 d="0,27</p" unicaudal="">preocupação: pré (M=6,47; SD=0,67), pós (M=6,32; SD=0,66), t(75) = -1,92, p <0 d="0,23</p" unicaudal="">.cientistas:
favorabilidade: pré (M=5,49; SD=0,66); pós (M=4,36; SD=0,77), t(10) =0,83, p=n.s.
preocupação: pré (M=5,22; SD=1,03); pós (M=5,64; SD=0,78), T(11)=-1,94, p<0 d="0,46</p" unicaudal="">
*autoeficácia:
.não-especialistas: pré (M=4,61; SD=1.04); pós (M=4,92; SD=1.09), t(73) = -3,22, p<0 bicaudal="" d="0,29;</p">.cientistas: pré (M=5,51; SD=0,45); pós (M=5,78; SD = 0,26); t(9)=1,82, p=n.s.
A Tabela 1 sumariza os efeitos em diferentes formatos de diálogo.
Tabela 1. Diferenças das médias (e desvios padrões) das variáveis0>0>0>0>0>0>0>0>
favorabilidade | preocupação | autoeficácia | empatia | atitude em relação aos cientistas | |
pequenos grupos | 0,59 (0,67)a | -0,28 (0,51)b | 0,44 (0,80) | 0,14 (0,86) | 0,51 (0,51) |
diálogo cidadão | 0,26 (0,66) | -0,45 (0,72)c | 0,45 (1,27) | 0,20 (0,76) | 0,04 (0,67) |
fórum público | -0,11 (0,51)a | 0,28 (0,79) | 0,28 (0,53) | 0,13 (0,51) | 0,46 (0,72) |
online | 0,29 (0,53) | -0,16 (0,40) | -0,08 (0,69) | 0,17 (0,77) | 0,24 (0,53) |
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