Assistindo às transmissões, longe de ser um levantamento sistemático estatisticamente válido, reparei mesmo na beleza das atletas. Uma hipótese que já há algum tempo alimento é que atletas de esportes individuais seriam, na média, mais bonitas do que: a) a média das atletas (versão fraca da hipótese); b) a média das mulheres (versão forte).
Fiz uma pequena sondagem da versão fraca entre meus seguidores no twitter. Montei um pequeno formulário online com fotos de tenistas profissionais: as 10 primeiras colocadas (em 9/fev/2014) e outras 10 cujo ranqueamento médio foi de 247,2° (é possível um ranquingue fracionário?) e desvio padrão de 16,1 posições. As médias de idade foram: 27,1±3,31 anos e 25,5±5,25 anos respectivamente e o número de torneios disputados considerados para a classificação: 19,8±2,86 e 20,8±3,19. Para cada uma o entrevistado deveria atribuir uma nota de 0 - nada atraente a 5 - extremamente atraente. Entre 7 respondentes (todos homens)*, o resultado foi:
de tenistas mulheres profissionais.
Nota | Top 10 |
~247°
|
0
|
2
|
3
|
1
|
6 | 11 |
2
|
8 | 11 |
3
|
18 | 23 |
4
|
27 | 16 |
5
|
9 | 6 |
Média | 3,29±0,75 | 2,79±0,85 |
Aplicando-se um teste qui-quadrado, temos p=0,019.
Claro, é apenas um pré-teste, com baixo número de avaliadores, e se refere a apenas uma modalidade.
Se a diferença for real, minha hipótese explicativa (sem exclusão de outras) principal é: esportistas bonitas conseguem obter mais e melhores patrocínios, uma vez que empresas gostam de associar suas marcas a pessoas bonitas; com mais dinheiro, podem se preparar melhor (têm mais tempo para treinar - já que não precisam desenvolver outras atividades para se sustentar; podem pagar treinadores mais qualificados; têm à disposição equipamentos superiores; podem viajar e participar de mais competições; podem ter uma melhor base nutricional...) e ter melhor desempenho.
Hipóteses alternativas podem ser: genes bons (via seleção sexual, genes que proporcionam beleza estariam ligados a genes que promovem uma boa constituição física e fisiológica em geral); socioeconômica (muitos esportes são caros, a prática fica em grande parte restrita à elite socioeconômica, que tem também acesso a mais recursos auxiliares à beleza: cosméticos, cirurgias plásticas, melhor nutrição, menos exposição à doenças... - pode se dar do nascimento ou pela aquisição de melhor status socioeconômico com o desempenho no esporte); condicionamento físico (o preparadoa preparação para o esporte levando a um maior cuidado com o corpo)...
No caso da confirmação da hipótese da beleza/desempenho esportivo via patrocínio, um corolário seria que em esportes de elite - com equipamentos mais caros, como o caso de muitos esportes de inverno - a relação seria ainda mais forte.
Ressaltando mais uma vez que esta é apenas uma especulação com, até o momento, pequeno suporte empírico sistemático (embora não nulo).
Implicações sociais - como referentes a patrocínios não-mercadológicos ao desporto e programas governamentais de incentivo ao esporte amador - podem ser entrevistas. Uma certa relativização da atribuição de meritocracia estrita aos resultados das competições esportivas também seria uma consequência possível.
*Obs: Agradeço à participação dos colaboradores nas respostas.
Hipóteses alternativas podem ser: genes bons (via seleção sexual, genes que proporcionam beleza estariam ligados a genes que promovem uma boa constituição física e fisiológica em geral); socioeconômica (muitos esportes são caros, a prática fica em grande parte restrita à elite socioeconômica, que tem também acesso a mais recursos auxiliares à beleza: cosméticos, cirurgias plásticas, melhor nutrição, menos exposição à doenças... - pode se dar do nascimento ou pela aquisição de melhor status socioeconômico com o desempenho no esporte); condicionamento físico (
No caso da confirmação da hipótese da beleza/desempenho esportivo via patrocínio, um corolário seria que em esportes de elite - com equipamentos mais caros, como o caso de muitos esportes de inverno - a relação seria ainda mais forte.
Ressaltando mais uma vez que esta é apenas uma especulação com, até o momento, pequeno suporte empírico sistemático (embora não nulo).
Implicações sociais - como referentes a patrocínios não-mercadológicos ao desporto e programas governamentais de incentivo ao esporte amador - podem ser entrevistas. Uma certa relativização da atribuição de meritocracia estrita aos resultados das competições esportivas também seria uma consequência possível.
*Obs: Agradeço à participação dos colaboradores nas respostas.