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domingo, 16 de fevereiro de 2014

O telefone sem fio: "Não é tubarão elefante, é tubarão elefante"

Não foi exatamente um pressentimento, mas cheguei a comentar no twitter o problema de chamar o Callorhinchus milii, um peixe cartilaginoso holocéfalo (comumente conhecido como quimera), de tubarão elefante, em tradução direta de "elephant shark". "Tubarão elefante", em português, é mais usado para outra espécie, o Cetorhinus maximus, um peixe cartilaginoso elasmobrânquio, também chamado de tubarão-peregrino e, em inglês, mais comumente chamado de "basking shark" (e, ocasionalmente, também de "elephant shark").


Pois eis que vejo que o G1, reproduzindo material da EFE, confundiu as duas espécies (Fig. 1). (Sim,é coisa de janeiro, mas até agora não foi corrigido.*)***
Figura 1. Print de tela da reportagem do G1.

"Pesquisadores da Espanha sequenciaram o genoma do tubarão-elefante (Cetorhinus maximus) e encontraram genes que impedem a calcificação das cartilagens, o que pode abrir novas vias de estudo voltados a doenças ósseas como a osteoporose, de acordo com a revista 'Nature', que teve publicada nesta quinta-feira (9) sua edição impressa."

O artigo na revista cientifica britânica, claramente, denomina Callorhinchus milii. Não sei como se deu exatamente a transmutação: se alguém tentou corrigir o nome científico da espécie ou se o press release não mencionava (acho pouco provável) e isso foi introduzido na reportagem.

Como vários sítios web que reproduzem material da EFE não mencionam o nome científico, apenas "tiburón elefante" (nota, o Cetorhinus maximus, em espanhol é mais comumente chamado de "tiburón peregrino"), por exemplo, este, este e este (repare-se que as redações não são exatamente iguais), parece que a introdução posterior foi realizada pelo próprio G1. A foto usada para ilustrar a reportagem é a mesma que aparece no artigo da Wiki-PT sobre "tubarão elefante" e o artigo da Wiki-PT é o primeiro resultado na busca por "tubarão elefante" no Google. Se foi isso que ocorreu não posso dizer, mas me parece plausível.**

Dá algumas coisas a se pensar a respeito da prática atual do jornalismo sobre ciências. Vai desde a necessidade de se conferir a fonte original, à pressa da apuração, da necessidade de se investir na qualidade do profissional à crise atual do jornalismo em geral (com redações reduzidas, profissionais sobrecarregados, preferência a profissionais inexperientes por mais baratos...)

(Via Victor Rossetti FB.)*

*Upideite(17/jan/2014): adido a esta data.
Upideite(17/fev/2014): Veja se "quimera nariz de arado" não é um nome muito mais descritivo (além de bem menos indutor de erro) na foto abaixo (Fig. 2) do Callorhinchus miliii.

Figura 2. Callorhinchus miliii, nomes populares em inglês: "Australian ghostshark", "elephant shark", "makorepe", "whitefish", "plownose chimaera", "elephant fish". Fonte: Wikimedia Commons.
**Upideite(18/fev/2014): Em contato com o G1, eles informam que o erro foi da Efe.
***Upideite(19/fev/2014): Corrigiram o nome, mas ainda não trocaram a foto.****
***Upideite(19/fev/2014): Já trocaram a foto.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Santo nome

Outra compilação temática do Gene Repórter (e oportunista).

Fonte: Wikimedia Commons.
Falcão-peregrino (Falco peregrinus). Ave de rapina de distribuição mundial (exceto pela Antártica), em velocidade de mergulho, pode chegar a 390 km/h, o que faz dela o animal mais veloz conhecido.
Fonte: Wikimedia Commons.



Tubarão-peregrino (Cetorhinus maximus). Também chamado de tubarão-elefante, é o segundo maior peixe do mundo, perde apenas para o tubarão-baleia e, como ele, também é um filtrador de plâncton.

Lagarto-jesus-cristo (Basiliscus basiliscus). Conhecido ainda como basilisco comum, é bastante famoso por correr apoiado nas suas patas traseiras sobre a superfície da água. É encontrado da América Central até o norte da América do Sul.


Fonte: Wikimedia Commons.
Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata). É um cacto com folhas desenvolvidas. Usada como cerca-viva e ornamentação, suas folhas mucilaginosas também são usadas na culinária como hortaliça, é nativa da América - sua distribuição vai desde a Flórida até o Sudeste brasileiro.


Fonte: Wikimedia Commons.
Cardeal (Paroaria spp.). Várias espécies de aves de topete eriçado e cabeça vermelha. Distribui-se pela América, dos EUA à Argentina.

Fonte: Wikimedia Commons.
Arcebispo (Euplectes afer). Também chamado de cardeal-tecelão-amarelo ou bispo-de-coroa-amarela. Distribui-se por toda a África subsaariana e é introduzida em várias outras partes do mundo como Japão e Jamaica.

Fonte: Wikimedia Commons.
Bispo (Euplectes spp.). Aves gregárias que se distribuem entre a África e a Eurásia em 17 espécies conhecidas.

Fonte: Wikimedia Commons.
Frade (Anisotremus virginicus). Peixe chamado ainda de roncador-listado-americano, salema-branca, mercador e sambuari, encontrado ao longo da costa tropical atlântica da América. Destaca-se por listas horizontais azuis e amarelas alternadas.

Fonte: Wikimedia Commons.
Cervo-do-padre-david (Elaphurus davidianus). Veado raro originário da China. Atualmente encontra-se extinto no meio natural, havendo exemplares apenas em cativeiro.

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