Dois artigos recentes analisam a confiabilidade de jornais em duas áreas: nutrição e meio ambiente.
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Cooper, B.J.E. et al. 2011. The quality of the evidence for dietary advice given in UK national newspapers. Public Understanding of Science 20(3). doi: 10.1177/0963662511401782. Comentado por um dos autores.
Vestergård,G.L. 2011. From journal to headline: the accuracy of climate science news in Danish high quality newspapers. Journal of Science Communication 10(2). Disponível em: http://jcom.sissa.it/archive/10/02/Jcom1002%282011%29A03/
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O primeiro analisou alegações relacionadas à dieta publicadas durante uma semana nos 10 principais jornais do Reino Unido. 111 alegações foram consideradas. Dessas: 69 (62%) foram categorizadas como baseadas em indícios insuficientes, 11(10%) foram considerados como 'possíveis', 13(12%) como 'prováveis' e 17(15%) como 'convicentes' (isto é, com indícios bem estabelecidos).
O segundo estudou reportagens publicadas nos três principais jornais dinamarqueses no período de 1997 a 2009. Foram examinadas 88 notícias e classificadas de acordo com a acurácia em reproduzir elementos de artigos de revistas científicas (Nature e Science) citadas na matéria - de um total de 4.922 notícias publicadas no período mencionando mudanças climáticas. 46(52%) apresentaram algum grau de inexatidão: 16% apresentaram inexatidão fatual (como erro numérico ou de termos científicos), 11% apresentaram confusão de fonte (como considerar uma frase dita por um cientista em um release como sendo uma frase presente no artigo científico), 23% apresentaram omissões ou adições (inclusão de citações ausentes na frase original ou deixar de mencionar limitação de abrangência geográfica, p.e.), 7% exageros (como considerar somente o valor do extremo de uma faixa de incerteza), 2% paráfrases (usos equivocados de reconstruções de frases ou de eufemismos), 10% conclusões errôneas (como considerar uma projeção como um fato provado), 5% confusão generalizada (citação errônea que distorce completamente o fato científico).