Tabela 1. Casos suspeitos de microcefalia no Brasil.
Até 05/dez/2015. Fonte: MS.
região | casos 2015 |
média 2010-2014 |
2015/média |
Brasil | 1.761 | 156,2 | 11,3 |
PE | 804 | 8,6 | 93,5 |
PB | 316 | 4,2 | 75,2 |
BA | 180 | 10,6 | 17 |
RN | 106 | 1,8 | 58,9 |
SE | 96 | 1,6 | 60 |
AL | 81 | 3,4 | 23,8 |
CE | 40 | 6,6 | 6,1 |
MA | 37 | 3 | 12,3 |
PI | 36 | 3 | 12 |
TO | 29 | 1,2 | 24,2 |
RJ | 23 | 12,4 | 1,9 |
MS | 9 | 0,8 | 11,3 |
GO | 3 | 3 | 1 |
DF | 1 | 2,2 | 0,5 |
Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro não parecem estar em meio a um surto local de microcefalia: com número de casos em 2015 não muito maior (no caso do DF, menor) do que a média dos anos anteriores.
No protocolo de vigilância de microcefalia e zika, do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia no Brasil, há algumas estimativas para os níveis inferior e superior da incidência de zika em várias unidades da federação. O texto reconhece que é uma estimativa bastante limitada. Plotando-se os valores contra a incidência de microcefalia em 2015, não parece haver uma relação entre os números (Fig. 1).
Figura 1. Casos reportados de microcefalia x incidências estimadas de infecção por zika na população. Fonte: MS.
*Upideite(08/dez/2015): Pode-se argumentar, não completamente desprovido de razão, que é arriscado dizer que o aumento se deva à mudança de critério - estritamente ter-se-á razão: certamente mais casos novos seriam incluídos no novo boletim com o critério antigo. Não obstante, a média entre 2010-2014 não foi alterada. Não sei se os valores incluíam ou não os casos de bebês com perímetro cefálico entre 32,1 e 33 cm. Se incluem, significa que a base é ainda menor - ou seja, o aumento é ainda maior. Se não incluem, a comparação dos valores do boletim anterior é que estavam artificialmente infladas, ainda assim os novos números são maiores.
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