Trench, B. 2008. Towards an analytical framework of science communication models. In Cheng, D. et al. (eds.) Communicating science in social contexts: new models, new practices. Springer Netherlands. 320 p. Pp: 119-38.
Minhas anotações abaixo:
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Déficit: A ciência é transmitida dos especialistas para a audiência, que é vista como deficiente na atenção e na compreensão. (Mão única. Linear.)
Diálogo: A ciência é comunicada entre cientistas e seus representantes e outros grupos, às vezes para descobrir como a ciência pode ser mais eficientemente disseminada, às vezes para consulta sobre aplicações específicas. (Mão dupla. Linear.)
Participação: A comunicação sobre ciência ocorre entre grupos diversos tendo como base que todos podem contribuir e que todos têm interesse e responsabilidade no resultado das deliberações e discussões. (Mão tripla. Multidirecional.)
Defesa: O público é percebido como hostil, p.e., na comunicação com a ‘anticiência’.
Marketing: Tem o propósito de persuadir o público, como sobre a queda no número de estudantes de ciência e tecnologia; pode promover cientistas bem sucedidos como modelo ou apresentar a ciência como ‘divertida’.
Contexto: Práticas contextualizadas levam em conta a diversidade do público e os modos como suas experiências e percepções moldam sua recepção da informação. Essas práticas podem ser funcionalistas, como na ‘segmentação’ de mercado pelos marketeiros ou ser situado mais culturalmente, como na consideração da CPCT em sociedades multiculturais.
Consulta: As opiniões do público são buscadas por vários meios, com o objetivo de redefinir a mensagem ou negociar sobre suas aplicações.
Engajamento: Há uma ênfase mais forte sobre como o público expressa suas preocupações, levantam questões e se tornam ativamente envolvidos.
Deliberação: Apesentada como uma forma ‘mais elevada’ de participação do público que clama por um conjunto mais amplo de entendimento sobre processos democráticos e no qual as contribuições do público sobre ‘por quê’ e ‘por que não’ das ciências ajudam a definir a agenda para a comunicação sobre ciências e eventualmente para as ciências.
Crítica: A ciência é considerada através de referências a outras disciplinas intelectuais e atividades culturais que podem fornecer insights nas significações do público sobre ciências. O termo ‘crítica’ é usado em analogia com o processamento do público de experiências e interpretações artísticas e outras expressões culturais.
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