Segue abaixo um excelente vídeo do biólogo Pirulla, ele é longo (o vídeo, seus maldosos) - quase uma hora e meia -, mas traz entrevistas com importantes cientistas brasileiros na área de atmosfera e climatologia. Pago parcialmente também uma dívida com o Pirulla, uma parte substancial das visitas ao GR se dá pelo link nos vídeos dele exatamente rebatendo as desinformações dadas na referida entrevista de Felício (Round 1 e Round 2).
Os entrevistados refutam as principais alegações de Felício e outros negacionistas climáticos brasileiros. Vale mais a pena ver no próprio canal do Pirulla, lá tem links não apenas para as referências usadas na produção do vídeo e citadas pelos cientistas, como para os vídeos das íntegras de cada entrevista.
Não subscrevo cada palavra, embora concorde no atacado (e por isso recomendo que se assista ao vídeo na íntegra). Um ponto que eu olharia com um certo cuidado, por exemplo, é quanto à hipótese de os negacionistas brasileiros servirem aos interesses dos ruralistas. Certamente a questão do desmatamento é sensível - e a bobagem dita por Felício sobre a Amazônia não ser importante climaticamente pode soar muito bem aos ouvidos de produtores que queiram expandir suas terras -, mas a própria agricultura corre um risco bastante sério com as alterações climáticas previstas e provavelmente em andamento. Como a agroindústria não rasga dinheiro, não sei se eles compram o pacote negacionista de barato.
Por exemplo, em 2008, o Conselho Nacional do Café realizou evento a respeito de mitigações do efeito do aquecimento global e mudanças climátcas para a cultura cafeeira. Também em 2008, a Aprosoja demonstrava preocupação com o efeito do aquecimento global sobre a sojicultura.
Embora ainda haja denegação da AGA por várias partes.
Certo setor do ruralismo deve formar um tipo peculiar de negacionistas: eles não negam a AGA, nem assumem que as consequências serão pequenas ou benéficas, nem que nada possa ser feito para evitá-la, mas pretendem que suas atividades (desmatamento e emissão de gases estufa como metano) não tenham impacto significativo.
Por exemplo, em 2008, o Conselho Nacional do Café realizou evento a respeito de mitigações do efeito do aquecimento global e mudanças climátcas para a cultura cafeeira. Também em 2008, a Aprosoja demonstrava preocupação com o efeito do aquecimento global sobre a sojicultura.
Embora ainda haja denegação da AGA por várias partes.
Certo setor do ruralismo deve formar um tipo peculiar de negacionistas: eles não negam a AGA, nem assumem que as consequências serão pequenas ou benéficas, nem que nada possa ser feito para evitá-la, mas pretendem que suas atividades (desmatamento e emissão de gases estufa como metano) não tenham impacto significativo.