Aqui quero falar de uma terceira classe, a dos termos com "bio" que, a meu ver, são verdadeiros abusos (a lista abaixo não é exaustiva e irá crescer à medida em que eu topar com mais termos do tipo).
*biogenética - é a mesmíssima coisa que genética (não tem a ver com biogênese);
*bioplástica capilar - reconstituição de fios de cabelo com aplicação de queratina e óleo;
*biocelulose - celulose de bactérias;
*biopapel (biopaper) - papel feito com biocelulose.
Nos usos acima o
"Bio" tem o significado de "vida", "biológico", "sobre material de origem biológica", nenhum desses sentidos se encaixam na formação das palavras listadas.
Há um tempo era tudo "quântico", até um carro (Santana Quantum) e vários discos (Quanta). "Bio" traz ainda a tentação de abuso por ser, dado que é bem curtinho, facilmente acrescentável a um termo preexistente para criar um novo.
Claro que novas tecnologias, novos conhecimentos exigem a criação de novas palavras, porém isso não deve ser feito de qualquer maneira. Cabe respeitar o significado dos elementos que a compõem - do contrário, isso deixa de fazer sentido.
*Upideite(17/nov/2009): corrigido a esta data.
5 comentários:
clap clap clap
o que seria a genética não "bio"? essa gente diz?
aquela plástica que a dilma fez era bioalgo, não?
Acho que a plástica da Dilma era eleitoralguma coisa : )
Só não fique braba de eu ter linkado para uma matéria da Pesquisa Fapesp. Sei que o repórter não tem culpa no caso - apenas usou um termo que realmente (e infelizmente) é usado na área pelos pesquisadores.
Até hoje estou procurando uma genética de seres não vivos : ) (Talvez estejam pensando em vírus de computador?)
[]s,
Roberto Takata
claro que não me ofendo!
aliás, você devia mandar um comentário para a seção de cartas! alertas são sempre bons.
que interessante!! tive ideia para um post novo, coisa que não estou conseguindo ter há dias semanas. =D
Ah!, então finalmente o GR serviu para alguma coisa. : )
[]s,
Roberto Takata
Postar um comentário