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quinta-feira, 26 de março de 2009

Ruth de Aquino responde 7

ruth de aquino | RJ / Rio de Janeiro | 26/03/2009 09:44
AO JOAO E AO ROBERTO
Caro João Ferreira: é evidente que eu não rio 'da classe como um todo'. Se eu critico práticas de políticos, de jornalistas (crônicas A Síndrome da Notícia Ruim - ou Eloá: Vida e Morte a Qualquer Preço), da elite (Bandalhas de nossa Elite), é claro que não estou criticando a totalidade das categorias. Eu me divirto bastante com algumas pesquisas como leitora, mas não as reconheço como científicas nem úteis para a humanidade. E essa banalização visando a mídia não se limita hoje à ciência. CARO ROBERTO. Dizer que essas pesquisas não são exceção não quer dizer, de forma alguma, que elas sejam regra - e que todas elas concorram ao prêmio IgNobel. Você entende essa sutileza lógica? Ou é preciso explicar? Não, não é preciso...
Diz ela: "é evidente que eu não rio 'da classe como um todo'". Não tem muito de evidente com afirmações generalizantes feitas no texto.

"Eu me divirto bastante com algumas pesquisas como leitora, mas não as reconheço como científicas nem úteis para a humanidade" - voltamos à questão da Sra. Aquino ter todo o direito de mundo de ter opinião própria, mas é uma opinião digna de crítica posto que ela nem tem conhecimento de causa (como enfatizei em outra postagem) e, pior, pelo que pudemos observar ela nem ao menos *leu* as *pesquisas* - no máximo, o que os *jornalistas* disseram sobre elas.

"Dizer que essas pesquisas não são exceção não quer dizer, de forma alguma, que elas sejam regra" - sim e não. Uma coisa não implica na outra necessariamente, porém basta ver o contexto em que foi escrito: "receita de riso certo". E, no texto, não há nenhum tipo de ressalva acerca das pesquisas que ela consideraria "úteis para a humanidade".

Upideite (27/mar/2009): rápida atualização de almoço, conforme o leitor Roberto Pinho alertou no comentário, "exceção" se define por ser algo que "foge à regra", logo se não é exceção, é regra. Eu dei uma colher de chá e admiti a liberalidade de interpretar "exceção" como "numericamente insignificante", mas Pinho tem razão em dizer que isso deveria ser expresso com a palavra "raridade" ou termos correlatos.

2 comentários:

Roberto Pinho disse...

Aquilo que não é exceção, é regra.

Se a Sra. Aquino queria dar a ideia de algo não tão usual, poderia ter utilizado "raridade", que faz parte de uma sequencia de frequencias que inclui "pouco frequente", "muito frequente":

"Quem acha que essas pesquisas estapafúrdias são raridade..."


ref.:
Grande dicionário de sinônimos e antônimos
Por Osmar Barbosa
17a edição
Publicado por Ediouro Publicações, 2000
ISBN 8500400099, 9788500400094
586 páginas

none disse...

Salve, Pinho,

Obrigado pela contribuição.

Você está certo, considerando que "exceção" define-se pelo "desvio da regra". No texto dei uma colher de chá, interpretando o "exceção" como "insignificante em número". Mas acrescentarei sua observação.

[]s,

Roberto Takata

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